Marco Ruediger - A Semana Política
Summary: Os destaques e os bastidores da política.
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O presidente da Câmara não está trabalhando para que o presidente caia, mas está se preparando para assumir quando isso acontecer. Ele está comprometido com a manutenção da equipe econômica e da estratégia que vêm sendo adotadas. Temer está provando do próprio veneno político: seus aliados estão fazendo com ele o mesmo que foi feito contra Dilma. Apoio do presidente na Câmara não é desprezível, mas não é tão sólido como pode parecer.
Vai ser muito difícil para o presidente argumentar que o crime não existiu depois que a perícia da PF confirmou que o áudio da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista não sofreu cortes ou edições. Além disso, a segunda denúncia deve chegar em um momento de muita fragilidade do presidente, em que ele vai ter que convencer os deputados a votarem a seu favor mais uma vez.
Série de acontecimentos deixou o presidente numa posição ainda mais difícil. Houve a homologação da delação de Joesley Batista, a perícia da gravação mostrou que não houve manipulação do áudio, Fachin continuou relator da Lava-jato e há, ainda, a expectativa em torno da delação do operador Lucio Funaro.
Por isso, pela primeira vez, estamos vendo no Brasil a prisão de políticos e empresários importantes. Dentro deste contexto, o país observou ontem que o TSE perdeu uma oportunidade de fazer parte do grupo que rechaça fraudes, embora a decisão tenha sido legítima. Ouça a análise de João Gabriel de Lima.
A medida pode ser considerada uma obstrução de Justiça. Apreensões na casa de um coronel da Polícia Militar de São Paulo encontraram documentos de pagamentos de despesas pessoas do presidente.
A revista Época está fazendo aniversário e convidou especialistas para tratar desse assunto. Ouça a conversa de Pétria Chaves e João Gabriel de Lima:
Diante desta crise ética e política, surge a oportunidade de votar direito e mudar o quadro político do país. A melhor postura é escolher com cuidado os candidatos de todos os escalões e tentar sair desta situação com a economia e a democracia mais fortes.
O processo ainda deve se arrastar por muito tempo, e as delações de Mônica Moura e João Santana vão trazer ainda mais novidades. Os dois marqueteiros acusam o ex-presidente e Dilma Rousseff de estarem por dentro do esquema e de tentarem obstruir a Justiça.
São imóveis, reformas, depósito bancário e dinheiro pago diretamente ao ex-presidente. Parentes também foram beneficiados no esquema.
O Brasil ficou chocado com a naturalidade com a qual os executivos trataram o setor de propinas da empreiteira. João Gabriel Santana de Lima, diretor editorial da Revista Época, destaca que os depoimentos precisam ser checados o quanto antes para que as denúncias sejam comprovadas ou não, e a operação Lava-jato possa seguir adiante.
Delações da Odebrecht mostraram como executivos subverteram o papel do Legislativo para benefício próprio e de grupo político no Congresso. E agora, a discussão se vira para o projeto que criminaliza o abuso de autoridade, que é no fundo uma ofensiva contra a Lava-jato.
Que havia um esquema de corrupção e os nomes que estavam envolvidos todo mundo sabia. Mas a questão é que quando você começa a ver na televisão como a corrupção funcionava e a forma como era estruturada, não tem como não se impressionar. As empreiteiras estavam gastando mais para obter os contratos do que com inovações na área da engenharia, por exemplo.
Não à toa, foi a primeira ação militar contra o governo Assad. Teremos mais dúvidas do que respostas. Basta observar a postura de Obama.
Governo afirmou que texto vai corrigir problemas da lei sancionada nesta semana pelo presidente.