Marco Ruediger - A Semana Política
Summary: Os destaques e os bastidores da política.
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Ministro Dias Toffoli prometeu dar seu voto até o fim de março e traz esperança de que o Supremo Tribunal Federal aprove o fim do foro.
O presidente da Câmara tenta se mostrar como uma das possibilidades do centro-direita para às eleições de outubro. Seria um candidato que abraça causas liberais na economia e que não teria uma mácula ética tão grande quanto Temer.
Conceder um mandado que permita as forças policiais vasculharem uma área inteira é algo juridicamente inaceitável. Nenhuma medida policial pode sobrepor aos direitos constitucionais do cidadão. Nenhum morador pode sofrer a violência de ter a casa invadida sem razões razoáveis.
Colocar o Exército nas ruas é uma medida que parece simples, mas não resolveria o problema. Restaurar a ordem pública é um objetivo genérico. Até porque, não tem capacidade de ocupar o estado inteiro. A preocupação é que a intervenção esteja sendo feita de maneira afobada.
O apresentador sai da disputa. Ele realmente parece decidido a não concorrer. É lógico que é preciso ficar com um pé atrás até o começo de abril, quando ele seria obrigado a se filiar um partido para concorrer. Huck sentiu que a pressão seria grande. Alckmin ganha muito com a saída de Huck.
Fernando Segóvia, que é diretor-geral da Polícia Federal, foi indicado pelo Sarney. Desde que assumiu o cargo ele deu declarações desastrosas. Os encontros dele cotidianos e fora da agenda com Temer remontam a década de 90 quando a Polícia Federal enfrentou o pior momento, quando os políticos controlavam a polícia.
A falta de nome forte e competitivo para as eleições pesa e causa angústia. Os números que faltam para Geraldo Alckmin são números que Luciano Huck tem sem fazer nada. Uma coisa é ter potencial como candidato. Outra coisa é ter capacidade para ser presidente da República.
A obstrução de Justiça é um dos elementos concretos para se decretar prisão preventiva. Sérgio Côrtes também é suspeito de manter e movimentar contas no exterior. Poucos casos são tão claros quanto este.
É uma investigação que apura se o presidente Michel Temer teria favorecido a empresa Rodrimar, localizada em Santos, e outras companhias do setor portuário. Mas, o coronel diz que está com problema de saúde e não se apresenta para interrogatório. Lima Filho é um velho conhecido dos investigadores.
Corte vem recebendo críticas nos últimos anos e deve se posicionar em questões importantes. Entre elas, estão a restrição do foro privilegiado, a prisão ou não depois de condenação em segunda instância e o grande número de decisões monocráticas.
Petistas pregaram desobediência após a condenação, criando um clima no Supremo totalmente antipático ao ex-presidente.
O STF não deveria tocar processos criminais porque não é justo e não funciona. É o que vem acontecendo com o caso da delação da Odebrecht, que completa um ano. Esse é um lento construir da impunidade. O Supremo tem muita responsabilidade por não restringir os casos de foro privilegiado.
Mesmo assim, o PT vai até o fim. O partido vai insistir na candidatura do ex-presidente, mesmo que ela se torne impossível. Grande questão é: como os votos queriam dele vão se distribuir, caso o Tribunal Superior Eleitoral de fato o torne inelegível.
A pré-candidatura de Lula era esperada. Também já era esperado o tom crítico em relação as instituições do país. Essa subida de tom no discurso demonstra a percepção de que a situação jurídica dele está praticamente resolvida.
Trâmites devem durar no máximo dois meses. Ex-presidente vai ser candidato mesmo que não seja candidato, se apresentando como vítima o tempo inteiro para politizar o caminho judicial do processo.