Podcast RioBravo

Em 1991 o Brasil perdeu prematuramente o crítico literário, ensaísta, diplomata, e sociólogo José Guilherme Merquior. Um auto-proclamado "liberal social", Merquior comprou briga com marxistas e liberais, criticou a psicanálise, os modismos culturais e os costumes da intelectualidade brasileira. Para falar sobre o legado intelectual de José Guilherme Merquior, conversamos com João Cezar de Castro Rocha, professor de literatura comparada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e o organizador da Biblioteca José Guilherme Merquior, da Editora É Realizações. João Cezar diz que a reedição completa da obra de Merquior vai evidenciar sua estatura como um intelectual de alcance mundial. João Cezar de Castro Rocha é autor de seis livros de crítica literária e editor de outros 20, entre os quais a coleção "Contos de Machado de Assis" (6 volumes, Editora Record, 2008); "The Author as Plagiarist: The Case of Machado de Assis" (University of Massachusetts-Dartmouth , 2006); e "Nenhum Brasil existe – pequena enciclopédia" (Rio de Janeiro: Topbooks Editora, 2003). Podcast gravado em 7 de dezembro de 2013

Conversamos com Martin Escobari, o managing director da General Atlantic para a América Latina. A General Atlantic é uma das maiores gestoras de fundos de private equity no mundo, com cerca de US$ 18 bilhões sob gestão. No Brasil, fundos geridos pela GA são acionistas relevantes da XP Investimentos, da Smiles, do Decolar.com, e da Linx, uma empresa de tecnologia. Martin Escobari nasceu na Bolivia e veio para o Brasil há 15 anos. Ele começou sua carreira na GP Investimentos e foi um dos fundadores (e CFO) do Submarino.com. Antes da General Atlantic, Martin foi managing director da Advent International, quando liderou o investimento na CETIP, no qual a Advent multiplicou seu capital por sete em apenas três anos. Esta operação ainda é considerada um dos melhores deals de private equity no Brasil na última década. Neste Podcast, Martin Escobari fala dos quatro temas de investimento da GA na América Latina neste momento. Podcast gravado em 22 de novembro de 2013.

Conversamos com Artur Grynbaum, presidente do Grupo Boticário. Com 36 anos de mercado, o Boticário é a maior franquia do Brasil em número de lojas e em faturamento, e a maior em perfumaria no mundo. A empresa faturou cerca de R$ 7 bilhões no ano passado e deve crescer 20% em 2013. Nos últimos anos, o grupo expandiu suas marcas para além de O Boticário, e ingressou na venda direta e no varejo online, numa transformação delicada e até agora bem sucedida de seu modelo de negócios. Artur Grynbaum começou a trabalhar no grupo em 1986 como assistente administrativo. Em 2008, depois de anos na diretoria, assumiu a presidência da empresa substituindo o fundador, Miguel Krigsner, que passou a ocupar a presidência do Conselho. Podcast gravado em 12 de novembro de 2013.

Conversamos com Edson Macedo, um dos profissionais mais experientes em reestruturação de dívidas do País. Edson é sócio-fundador da SolFin Fundamenta, uma consultoria focada em reestruturações financeiras e M&A. Ele foi head de reestruturações do antigo Banco Pactual, época em que trabalhou na reestruturação das dívidas da Mesbla e da Varig. O pedido de recuperação judicial da OGX entrou para a história como o maior evento deste tipo na América Latina. A empresa declarou dívidas de US$ 5,1 bilhões, dos quais US$ 3,6 bilhões estão nas mãos de investidores institucionais, como as gestoras PIMCO e BlackRock. Neste podcast, Edson Macedo explica o passo a passo do processo daqui por diante, fala da importância do administrador judicial e descreve os bastidores (tensos) de processos deste tipo. Ele também reflete sobre a deterioração da cultura de concessão de crédito no País. Podcast gravado em 21 de novembro de 2013.

Conversamos com Alexander Willy, Guido Misasi e Cristiano Doria, sócios da Willy Group, uma consultoria em gestão com um modelo de negócios inovador. Ao contrário das consultorias tradicionais, a Willy não cobra um "retainer" de seus clientes, e sim uma taxa de sucesso sobre os resultados conseguidos. A empresa tem hoje cerca de 100 clientes e 40 projetos ativos. Neste Podcast, Willy, Misasi e Doria discutem "cases" em que a Willy obteve economias significativas para clientes, falam da exaustão do Orçamento Base-Zero como ferramenta de controle de custos, da importância dos 'cabeças brancas' no processo de consultoria e da necessidade de CEOs e CFOs abraçarem rupturas em detrimento do status quo. "Nosso negócio não é espremer fornecedor, não é fazer mais do mesmo." Podcast gravado em 29 de outubro de 2013.

Conversamos com José Rogério Luiz, vice-presidente de planejamento da NetShoes, a maior loja online de artigos esportivos do mundo. Ele foi para a NetShoes depois de 10 anos na Totvs, onde foi diretor financeiro e de RI e liderou o processo de IPO da empresa. A NetShoes nasceu como uma loja física em São Paulo no ano 2000. Dois anos depois, seu fundador, Marcio Kumruian, resolveu apostar na internet. Hoje, 100% online, a empresa é responsável pela administração das lojas oficias do UFC, NBA, Oakley, Puma, Havaianas, Timberland, Topper, Mizuno e Globo Esporte, além de operar lojas oficiais de clubes de futebol como Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Bahia, Cruzeiro e Coritiba. O faturamento da NetShoes foi de cerca de R$370 milhões em 2010 para R$700 milhões em 2011 e R$1.2 bilhão no ano passado. Neste Podcast, José Rogério Luiz fala sobre o "economics" do varejo online, compara a estrutura do negócio no Brasil com nos EUA e fala dos planos da empresa para um eventual IPO. Podcast gravado em 30 de outubro de 2013.

Conversamos com Paula Fiuza, diretora do documentário "Sobral - O Homem Que Não Tinha Preço", que estreia dia 1/11. Heráclito Fontoura Sobral Pinto, um dos maiores juristas do Brasil, nasceu em 1893 e morreu em 1991. Tornou-se uma figura exemplar da República ao combater duas ditaduras e colocar seu saber jurídico a serviço dos direitos humanos e das liberdades civis. Defendeu presos políticos do Estado Novo e da ditadura militar dos anos 60 e 70, incluindo Luis Carlos Prestes, o líder comunista que foi preso depois do levante de 1935. Sobral também foi responsável pelo resgate da filha de Prestes e Olga Benário das mãos do nazismo. Nos anos 80, já em idade avançada, subiu ao palanque das Diretas Já e discursou a favor da Constituição, que diz que "todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido." Paula Fiuza é neta de Sobral Pinto. Podcast gravado em 22 de outubro de 2013.

Conversamos com Claudio Porto, economista que organizou, junto com Fabio Giambiagi, o livro "Propostas para o Governo 2015-2018 – Agenda para um País Próspero e Competitivo," que vai ser lançado dia 29 de outubro pela Editora Campus-Elsevier. O livro reúne textos de 40 especialistas apontando caminhos para o crescimento sustentável e levando em conta fatores econômicos, sociais, ambientais e institucionais. Claudio Porto é diretor-presidente e fundador da Macroplan, uma consultoria econômica e empresarial. Ele é economista pela Universidade Federal da Paraíba e atua como empresário e consultor há 38 anos. Podcast gravado em 10 de outubro de 2013.

Conversamos com Rodrigo Constantino sobre as ideias liberais no Brasil, o capitalismo de Estado e seu novo livro, "Esquerda Caviar", que sai dia 21 de outubro pela Editora Record. O livro é um petardo contra o que Rodrigo chama de hipocrisia da esquerda no debate político. Em seus oito livros, inúmeros vídeos no YouTube e seu blog na revista VEJA, Rodrigo defende o livre mercado e as liberdades individuais e critica o gigantismo e a ineficiência do Estado. Economista pela PUC do Rio, Rodrigo Constantino é também Presidente do Instituto Liberal e trabalhou anos no mercado financeiro antes de se dedicar exclusivamente ao mercado de ideias. Uma vez, perguntado se poderia ser tachado de "reacionário" ou "conservador," ele respondeu: "Nelson Rodrigues dizia que era um reacionário: reagia contra tudo aquilo que não presta. Eu sou um conservador: quero conservar tudo aquilo que presta. Um liberal é um sujeito cético, desconfiado da natureza humana e do custo das utopias." Podcast gravado em 16 de outubro de 2013.

Conversamos com Willian Magalhaes Jr., que está tentando organizar os minoritários da OGX que perderam com o colapso da empresa de Eike Batista. Sua conta no Twitter, @Minoritários OGX, se tornou um canal informal de comunicação entre minoritários da empresa. Este ano, Willian tentou sem sucesso se eleger membro do conselho da OGX. Ele já procurou Eike Batista, a BM&F Bovespa e a CVM para pedir mais transparência na OGX, incluindo a instalação de um conselho fiscal, mas descarta a ideia de recorrer à Justiça, como outros minoritarios anunciaram que farão. Willian Magalhães Jr. também diz estar convencido de que a OGX lhe trará retorno sobre seu investimento no longo prazo. Podcast gravado em 9 de outubro de 2013.

Conversamos com João Dionisio Amoedo, presidente do Partido Novo, que está buscando registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral. O Partido Novo defende uma gestão mais eficiente do Estado, as liberdades individuais e a livre iniciativa. Neste Podcast, João Amoedo fala do imperativo de mudar a sociedade através da Política e do desafio de explicar as vantagens do Estado mínimo aos eleitores. O Partido Novo também quer impedir o carreirismo na política criando uma regra pela qual seus filiados só podem concorrer a uma reeleição. João Amoedo fez sua carreira no mercado financeiro. Ele é conselheiro do Banco Itaú BBA e da João Fortes Engenharia. Para obter registro junto ao TSE, o Partido Novo precisa de 500.000 fichas de apoio. No fim de setembro, o Novo tinha mais de 228.000 fichas de apoio validadas pelos cartórios eleitorais e mais 388.000 à espera de validação. Podcast gravado em 30 de setembro de 2013.

Conversamos com Pedro Henrique Mariani, presidente do Banco BBM, o grupo financeiro privado mais antigo do País. O BBM tem sua origem no antigo Banco da Bahia, fundado em Salvador em 1858. Os Mariani assumiram o controle do banco em 1942. Neste podcast, Pedro Mariani fala sobre os ciclos de concentração bancária, a reforma do sistema financeiro nos EUA depois do choque de 2008, a exposição de seu banco ao setor agrícola e a cultura de buyside do BBM. Ele também relembra a trajetória política e empresarial de seu pai, Clemente Mariani, que foi jornalista, deputado federal, ministro da Educação e da Fazenda e presidente do Banco do Brasil. Podcast gravado em 17 de setembro de 2013.

Conversamos com Olivier Colas, diretor vice-presidente da Kepler Weber, a maior fabricante brasileira de silos agrícolas e uma das empresas que mais se beneficiam do boom do agronegócio. A Kepler começou em 1925, quando os irmãos Otto e Adolfo Kepler Jr. abriram uma pequena ferraria, e hoje tem duas plantas industriais capazes de produzir até 100 mil toneladas de aço por ano. A Kepler Weber faz produtos de armazenagem, principalmente silos, e sistemas de movimentação de granéis sólidos em terminais portuárias, centros de transbordo e mineração. Olivier explica a necessidade de armazenagem dos produtores rurais tendo em vista os altos custos de logística no Brasil, e discute o plano de incentivo ao investimento em armazenagem de R$ 25 bilhões anunciado recentemente pelo Governo Federal. O Rio Bravo Fundamental SMC, fundo de ações de empresas de baixo e médio valor de mercado gerido pela Rio Bravo, tem uma participação na Kepler. Podcast gravado em 10 de setembro de 2013.

Conversamos com Fábio Assolini, analista de malware da Kaspersky Lab, a maior empresa privada de segurança da internet. Fabio se dedica à análise e pesquisa de crimes digitais desde 2006, e seu papel é garantir que as ameaças digitais com origem no Brasil sejam detectadas e bloqueadas. A Kaspersky vende soluções de segurança para usuários domésticos e empresas, e seus produtos protegem mais de 300 milhões de sistemas ao redor do mundo. Fabio Assolini também é membro da comunidade de segurança "Linha Defensiva," (uma organização não-governamental), pesquisador e integrante do Grupo de Análise e Resposta a Incidentes de Segurança (ARIS). Podcast gravado em 10 de setembro de 2013.

Conversamos com o presidente da Avianca Brasil, José Efromovich. A Avianca é a quarta linha aérea brasileira, com cerca de 7% do mercado. Nos últimos meses, enquanto as suas maiores concorrentes reduziram a oferta de assentos, a Avianca foi na contramão, aumentou a oferta, e ainda assim conseguiu a melhor taxa de ocupação no setor. Mas nem tudo são flores. A alta do dólar levou as aéreas a iniciar conversas com o Governo para conseguir algum alívio para os seus balanços, já que a maioria das empresas tem dívidas em dólar e o custo do combustível também sobe quando o câmbio se desvaloriza. Efromovich fala sobre a conversa com o Governo, o desafio de manter a qualidade do serviço na Avianca, os planos de abrir capital, a tentativa de comprar a TAP portuguesa e a redistribuição dos slots no aeroporto de Congonhas, os ativos mais cobiçados do setor aéreo nacional.