Justiça e Cidadania - Wálter Maierovitch
Summary: Maierovitch traduz para os ouvintes e internautas os ritos, debates e votos na Câmara, no Senado e no STF.
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Em um voo SP/Brasília, um passageiro se exaltou e o ministro Ricardo Lewandowski, que estava a bordo, tratou o caso como 'injúria contra o STF'. Atenção para a sutileza: 'injúria ao Supremo'. Isso quer dizer que ele colocou Têmis - deusa da justiça - na frente, como vítima única de ofensa à dignidade dela mesma. Ou seja, o ministro tirou o corpo fora. O passageiro foi detido, arbitrariedade porque ninguém deu voz de prisão. E as togas continuam agitadas, apesar de bolsos fornidos, graças ao foro privilegiado, aquele que o comum mortal não tem.
Em um voo SP/Brasília, um passageiro se exaltou e o ministro Ricardo Lewandowski, que estava a bordo, tratou o caso como 'injúria contra o STF'. Atenção para a sutileza: 'injúria ao Supremo'. Isso quer dizer que ele colocou Têmis - deusa da justiça - na frente, como vítima única de ofensa à dignidade dela mesma. Ou seja, o ministro tirou o corpo fora. O passageiro foi detido, arbitrariedade porque ninguém deu voz de prisão. E as togas continuam agitadas, apesar de bolsos fornidos, graças ao foro privilegiado, aquele que o comum mortal não tem.
Em um voo SP/Brasília, um passageiro se exaltou e o ministro Ricardo Lewandowski, que estava a bordo, tratou o caso como 'injúria contra o STF'. Atenção para a sutileza: 'injúria ao Supremo'. Isso quer dizer que ele colocou Têmis - deusa da justiça - na frente, como vítima única de ofensa à dignidade dela mesma. Ou seja, o ministro tirou o corpo fora. O passageiro foi detido, arbitrariedade porque ninguém deu voz de prisão. E as togas continuam agitadas, apesar de bolsos fornidos, graças ao foro privilegiado, aquele que o comum mortal não tem.
No famoso samba, o Stanislaw Ponte Preta produziu um mirabolante disparate. Pois o Fux acabou de produzir um novo Samba do Crioulo Doido, um disparate ainda mais ampliado. Em 2014, ele concedeu uma liminar assegurando um direito, que lhe parecia claro como a luz do sol: o auxílio-moradia a juízes e procuradores. Ontem, no entanto, o tal direito admitido na liminar de Fux de 14 desapareceu, sumiu. Ele cassou a liminar. Examinando as duas decisões, é claro que elas são disparatadas. Arbitrariedade igual a essas eu vi poucas vezes na minha vida de juiz. É preciso ter topete para isso.
No famoso samba, o Stanislaw Ponte Preta produziu um mirabolante disparate. Pois o Fux acabou de produzir um novo Samba do Crioulo Doido, um disparate ainda mais ampliado. Em 2014, ele concedeu uma liminar assegurando um direito, que lhe parecia claro como a luz do sol: o auxílio-moradia a juízes e procuradores. Ontem, no entanto, o tal direito admitido na liminar de Fux de 14 desapareceu, sumiu. Ele cassou a liminar. Examinando as duas decisões, é claro que elas são disparatadas. Arbitrariedade igual a essas eu vi poucas vezes na minha vida de juiz. É preciso ter topete para isso.
No famoso samba, o Stanislaw Ponte Preta produziu um mirabolante disparate. Pois o Fux acabou de produzir um novo Samba do Crioulo Doido, um disparate ainda mais ampliado. Em 2014, ele concedeu uma liminar assegurando um direito, que lhe parecia claro como a luz do sol: o auxílio-moradia a juízes e procuradores. Ontem, no entanto, o tal direito admitido na liminar de Fux de 14 desapareceu, sumiu. Ele cassou a liminar. Examinando as duas decisões, é claro que elas são disparatadas. Arbitrariedade igual a essas eu vi poucas vezes na minha vida de juiz. É preciso ter topete para isso.
De acordo com o escritor, 'tempo é dinheiro'; portanto, podemos pagar nossas dívidas com ele. A Fiel só voltou a respirar quando soube que uma liminar havia suspendido a penhora da taça do Mundial provisoriamente.
De acordo com o escritor, 'tempo é dinheiro'; portanto, podemos pagar nossas dívidas com ele. A Fiel só voltou a respirar quando soube que uma liminar havia suspendido a penhora da taça do Mundial provisoriamente.
De acordo com o escritor, 'tempo é dinheiro'; portanto, podemos pagar nossas dívidas com ele. A Fiel só voltou a respirar quando soube que uma liminar havia suspendido a penhora da taça do Mundial provisoriamente.
Dinamitado pela máfia em 1992, o juiz Giovanni Falcone tem reconhecimento internacional pelo método investigativo que criou como magistrado do MP no combate às máfias siciliana e norte-americana. Pois bem: ele foi lembrado pelo futuro ministro da Justiça Sérgio Moro. Eis que este não terá vida fácil. Ele estará em cargo político. Moro deverá sempre ter em mente o ensinamento do Falcone, que, certa vez, disse: ‘quem silencia e baixa a cabeça, morre todas as vezes em que fizer isso. Agora, quem anda com a cabeça alta, morre uma vez só.’
Dinamitado pela máfia em 1992, o juiz Giovanni Falcone tem reconhecimento internacional pelo método investigativo que criou como magistrado do MP no combate às máfias siciliana e norte-americana. Pois bem: ele foi lembrado pelo futuro ministro da Justiça Sérgio Moro. Eis que este não terá vida fácil. Ele estará em cargo político. Moro deverá sempre ter em mente o ensinamento do Falcone, que, certa vez, disse: ‘quem silencia e baixa a cabeça, morre todas as vezes em que fizer isso. Agora, quem anda com a cabeça alta, morre uma vez só.’
Dinamitado pela máfia em 1992, o juiz Giovanni Falcone tem reconhecimento internacional pelo método investigativo que criou como magistrado do MP no combate às máfias siciliana e norte-americana. Pois bem: ele foi lembrado pelo futuro ministro da Justiça Sérgio Moro. Eis que este não terá vida fácil. Ele estará em cargo político. Moro deverá sempre ter em mente o ensinamento do Falcone, que, certa vez, disse: ‘quem silencia e baixa a cabeça, morre todas as vezes em que fizer isso. Agora, quem anda com a cabeça alta, morre uma vez só.’
Ele teria que deixar o Judiciário para aceitar cargo de ministro da Justiça e, consequentemente, virar subordinado de Jair Bolsonaro. Os ministros são passíveis de demissão e não têm os mesmos direitos que os juízes, como a aposentadoria integral.
Ele teria que deixar o Judiciário para aceitar cargo de ministro da Justiça e, consequentemente, virar subordinado de Jair Bolsonaro. Os ministros são passíveis de demissão e não têm os mesmos direitos que os juízes, como a aposentadoria integral.
Ele teria que deixar o Judiciário para aceitar cargo de ministro da Justiça e, consequentemente, virar subordinado de Jair Bolsonaro. Os ministros são passíveis de demissão e não têm os mesmos direitos que os juízes, como a aposentadoria integral.